INSTITUTO PARA DEMOCRACIA PARTIDÁRIA (IMD) PROMOVE MESA REDONDA SOBRE “DESAFIOS DA MOBILIDADE E PROCESSO DE RETORNO DA POPULAÇÃO DESLOCADA EM CABO DELGADO
Nesta quarta-feira 15.03.2023 o IMD foi promotor de uma mesa redonda para discussão do actual estágio e desafios na mobilidade para população deslocada que retorna as suas zonas de origem.
Numa sala reunida de organizações da sociedade civil de um pouco das diversas partes da província, o debate foi fortificado por membros do Governo, organizações humanitárias como a OIM, Conselho cristão de Moçambique e a Agência que promove o Desenvolvimento na região Norte, ADIN representada pelo PCE Armindo Ngunga.
Algumas contribuições sonantes no debate destacaram a importância do Governo não só prover condições de gestão de deslocados nas zonas acolhedoras como tem que prover condições para o retorno condigno da mesma população para as suas zonas de origem.
Relatos trazidos na mesa redonda dão conta que a população enfrenta dificuldades quando pretende retornar as suas zonas de origem, sem condições para custear a mobilidade.
Ainda na ocasião e aliado ao tema a OIM revela que mais de 500 mil crianças deslocadas necessitam de serviços de educação em Cabo Delgado Facto que é originado pelas suas movimentações frequentes por causa do terrorismo.
Por sua vez, o PCE da ADIN, Armindo Ngunga afirmou na ocasião que é prioridade do Governo a reposição dos serviços básicos na comunidade mas que o retorno da população deve ser de forma voluntária.
O que o Governo está fazer é garantir que os serviços básicos sejam colocados la, em termos de funcionários públicos para servir as pessoas lá, água, saneamento, energia e tudo isso está em curso. Disse o presidente da comissão executiva da ADIN.
Ainda no encontro a ADIN, apresentou o PAI-PRCD, um plano desenhado pela ADIN que pretende através da implementação das actividades previstas, garantir o alívio do sofrimento de mais de 348.000 pessoas deslocadas vítimas das acções terroristas, com a acomodação em até 70 aldeias de reassentamento e provisão de Kits para prática da agricultura, nos Distritos de Mocimboa da Praia, Palma, Macomia, Nangade, Quissanga, Ibo, Meluco, Muidumbe e Mueda.
As acções a serem realizadas irão garantir que a curto e médio prazos estas famílias passam ter uma vida melhor em relação a actual, e mesmo em relação à vida antes dos ataques terroristas, pois para além de casas e kits agrícolas ou de pesca, estarão criadas condições para colocação de serviços sociais básicos como saúde, educação, energia eléctrica e abastecimento da água.
O trabalho a ser realizado é multissectorial, e conta-se com o apoio de diversos actores entre parceiros nacionais e internacionais.
