A União Europeia enalteceu esta quinta-feira (13.11), na Cidade de Pemba, o mandato reforçado da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) na coordenação dos projectos de desenvolvimento na região norte de Moçambique, por se tratar de uma instituição estrategicamente importante num contexto de redução de recursos disponibilizados pelos parceiros internacionais. A UE realçou igualmente a introdução do Sistema de Gestão de Projectos do Norte (SGPN), uma nova plataforma destinada a melhorar a monitorização e o alinhamento das intervenções no território.
A posição foi expressa durante a 3.ª Sessão do Diálogo de Parceria Moçambique – União Europeia, sob o lema “Reforçar a confiança mútua, aprofundar a cooperação, avançar reformas, assegurar um desenvolvimento sustentável”, co-presidida pela Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria Manuela dos Santos Lucas, e pelo Chefe da Delegação da União Europeia, Antonino Maggiore. O encontro reuniu altos funcionários do Governo e chefes de missão de vários Estados-Membros da UE.
O Presidente da Comissão Executiva da ADIN, Jacinto Loureiro, saudou o reconhecimento europeu e apresentou os avanços institucionais alcançados ao abrigo do novo decreto que reforça o papel da Agência. Sublinhou que o SGPN, actualmente em fase piloto, permitirá sistematizar e cadastrar todos os projectos em curso, evitar sobreposição de actividades, aumentar a transparência e gerar indicadores estratégicos para apoiar a tomada de decisão do Governo e dos doadores. Loureiro ressaltou ainda a criação da Plataforma de Coordenação para o Desenvolvimento (DCP) entre os Embaixadores da UE e a ADIN, mecanismo concebido para alinhar os esforços de apoio aos projectos implementados no norte do país.
Durante a sessão, o Governo de Moçambique e a União Europeia trocaram impressões sobre a situação política, económica e social do país, convergindo na necessidade de reformas estruturais que promovam governação democrática, direitos humanos, segurança, desenvolvimento sustentável e uma economia inclusiva. As partes debateram também a situação em Cabo Delgado, onde se faz necessária uma resposta integrada que combine segurança, desenvolvimento e assistência humanitária, de modo a responder às profundas necessidades das populações afectadas pelo conflito.